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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CONJUNTOS RESIDENCIAIS DE ITAIPU

A construção das vilas residenciais da Itaipu foi orientada conforme a estratificação social dos funcionários.
Entre os profissionais havia uma classificação hierárquica, os profissionais C, os encarregados e pessoas mais qualificadas A, e os engenheiros, médicos e superintendentes B. Essa classificação estava na organização da moradia, na distribuição dos alojamentos e dos refeitórios.
 No lado brasileiro realizou-se a constituição de três conjuntos habitacionais. O Conjunto “A”, planejado com 2.200 unidades residenciais no período entre 1979/1980. Este, destinava-se ao trabalhador de nível médio e de estado civil casado. O Conjunto 
“B” destinava-ase ao pessoal de nível superior e possuí 185 casas. Após a conclusão da obra, este conjunto estava projetado para permanecer ocupado pelos funcionários de Itaipu. O Conjunto “C”, o mais próximo do canteiro de obras, destinava-se também aos casados, geralmente serventes. Inicialmente, foram construídas 1.300 residências. No decorrer das obras, esse número aumentou para 2.900. A construção neste conjunto é mais  simples,  em  blocos  de  concreto,  caracterizada  como  barracões cobertos  com zincos, forro de isopor e geminadas, abrigando grupos de quatro famílias. E também o alojamento no canteiro de obras seguindo os mesmos critérios dos conjuntos. Estas duas últimas obras de infra-estrutura seriam desmontadas ao término da construção.  
Vila A
Vila C
Vila B
Quanto aos trabalhadores, digamos, que se enquadravam na faixa D, aqueles operários sem profissão, ajudantes de toda natureza que estavam em todos os setores e que representavam aproximadamente 50% dos operários que construíram a obra, por não terem direito a moradia foram obrigados a procurarem espaços nas periferias das cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira e Matelândia. Do lado paraguaio, essas pessoas estavam na cidade de Hernandárias, Cidade Del Leste e Porto Franco. Muitas dessas pessoas continuaram morando nessas cidades, mesmo após o encerramento da obra. Quanto aos profissionais, como carpinteiros, pedreiros, armadores, operadores de máquinas, encanadores, eletricistas, estes se pulverizaram em outras obras de construção de barragem pelo Brasil, Tucuruí, estado do Pará e outras obras de menor porte no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
(Infos obtidos no trabalho Peões da Itaipu, de Odirlei 
Maranin. Fotos dos acervos de João Luiz Thomazzi, Juvenício Almeida e Carlos Gregório)









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