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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Aconteceu no Colégio Fidelense

 Aconteceu no Colégio Fidelense, em 1960, no meu último ano do curso ginasial.  Eu vinha mal em matemática e com uma média que inevitavelmente ia me levar para a temível segunda época.

Bateu em mim um baita pânico, em casa as malas estavam prontas, mudança quase em cima do caminhão. Papai já havia alugado a casa da Vila Nova e vendido o estoque do armazém.  A mudança pra São Gonçalo estava com dia e hora marcada.

Foi então, que pra garantir nota na prova final de matemática, eu preparei um monte de colas. Na hora da prova, tirei os papeizinhos do bolso e coloquei debaixo da tampa da carteira, mas o medo de ser pego em flagrante era tão grande, que acabei não usando a cola. Fui o ultimo a entregar a prova e sai disparado pra casa.

No dia seguinte, fui chamado na sala da diretoria. Pensei que seria cobrança da mensalidade, mas quando entrei, dei de cara com o “Estado Maior”  do Colégio.

- Palmar, você esqueceu de levar as colas, disse o professor Edil, mostrando os papeizinhos colocados em cima da mesa.

Eu assumi o mal feito e disse que não havia usado as colas. Neguei de pé junto ter colado. Eles não acreditaram e disseram que eu teria de fazer prova oral. E ali mesmo, na sala da diretoria aplicaram a prova.

A emenda foi melhor que o soneto, e o resultado foi um notão, que me deu uma média de 5,8. Recebi então o cobiçado canudo, que garantiu minha matricula no Liceu Nilo Peçanha, em Niterói           


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