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Aluízio Ferreira Palmar

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Eu não tenho fotos da adolescência e da juventude. As que eu tinha, meu pai e minha mãe deram sumiço.

Tudo começou quando os agentes da polícia política (DOPS, Cenimar, CIE, etc) começaram a me buscar em janeiro de 1969, por ocasião da queda de uma célula dos Comandos de Libertação Nacional, em Niterói.

Meu nome apareceu entre as coisas encontradas no "aparelho" do Colina, e então, volta e meia os belequins da ditadura batiam na casa de minha família, ameaçavam meus irmãos e pressionavam minha mãe e meu pai.

Levaram meus livros, até um disco com músicas de Sérgio Ricardo.

Abaixo, minhas cadernetas do ginásio, com o espaço da foto em branco. Essa, mamãe arrancou e escondeu.