Meu agradecimento ao Haroldo Alvarenga.
Foi em abril de 1969, quando Haroldo, então cabo da Aeronáutica, com um gesto de profunda humanidade aliviou meus sofrimentos.
Aconteceu no Aeroporto de Foz do Iguaçu, quando eu estava sendo conduzido algemado por uma escolta do exército.
Eu havia saído do pior dos mundos, das torturas, de ter passado horas pendurado no pau-de-arara, submetido a choques elétricos e afogamento.
De repente, ao atravessar o então pequeno aeroporto e um pouco antes da escolta me embarcar no avião militar, um cabo da Aeronáutica aproxima-se de mim e me ofereceu um cigarro aceso.
Anos, muitos anos depois, conversando com Alvarenga na Fundação Cultural, ele disse que o cabo era ele e sorriu, com um sorriso de cumplicidade.
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