Não se trata de política. É algo mais sério. É questão de caráter.
No ano de 2011, eu fui convidado para falar numa reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
Durante minha fala, eu contei que um dos envolvidos em torturas na cidade de Foz do Iguaçu, o então tenente Espedito Ostroviski, disse, por ocasião de minha prisão, que a minha mulher não teria a filha que estava esperando. Que eles “dariam um jeito” assim que ela fosse presa.
No momento em que eu contava esse fato ocorrido em 1969, o deputado Jair Bolsonaro, apontando o dedo pra mim, disse aos gritos que eu não poderia ter sobrevivido à tortura. Que deveriam ter me matado. E acrescentou, “só matando para que os comunistas não tenham filhos, pois a ideologia passa pelo sangue”.
Então, se dependesse desse monstro, eu não teria minhas filhas, nem meu filho, netos e netas.
Portanto, não quero estar no mesmo espaço que as pessoas que apoiam esse psicopata. Não quero que os apoiadores de Bolsonaro entrem em minha casa, nem que telefonem.
Oxalá, que nem passem pela minha rua.
É uma questão de caráter. Não compactuo com pessoas que apoiam alguém que desejou minha morte e que minhas filhas, filho, netas e netos não viessem à vida.
Aluizio Ferreira Palmar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário