Na opinião de Anita Leocádia Prestes, o Brasil vai completar 50 anos desde o Golpe de 1964, sem ter feito justiça pelos torturado
Filha do político Luiz Carlos Prestes, militante do comunismo no Brasil, a historiadora Anita Leocádia Prestes defende que a Lei da Anistia Política, de 1979, foi uma conquista, para a época, mas é limitada. Ela lamenta que o Brasil seja atrasado em relação a países vizinhos, como Uruguai e Chile, que têm condenado torturadores de suas ditaduras até à prisão perpétua. No entanto, aqui, os torturadores estão vivendo em liberdade, em alguns casos, ocupando cargos públicos, critica Anita.
“Ano que vem vai fazer 50 anos do Golpe de 1964 e até hoje não se fez justiça no Brasil. O Governo vacila muito em ter receio da reação dos militares. O grande absurdo é que não vão mexer na Lei da Anistia”, disse Anita.
Pela Lei da Anistia, ela argumenta que torturadores não podem ser processados e condenados e, com isso, a Comissão da Verdade fica limitada a pesquisa e levantamento de dados. A postura do Governo, diz, só poderá ser superada pela pressão popular.
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