A mini série sobre a corrupção,
seguindo seu mantra enfadonho de sempre, já coloca em pauta outra delação.
Agora, com o mesmo advogado do molusco de Ribeirão Preto, outro verme, um tal
de Renato Duque, declara solenemente que delatará. Diz que vai “abrir a caixa
de ferramentas” e, com ela, “ a porta do inferno”.
No baile de Curitiba é assim que a
banda toca, seguindo o exemplo do Grão Mestre da Opus Dei de São Paulo, também
conhecido como “picolé de chuchu”, que manda a polícia descer o cacete na
arraia miúda da bandidagem, enquanto faz vistas grossas para os barões do
crime, tipo Marcola e seu PCC.
Nós, aqui, vamos seguindo a linha
traçada por Maria Lúcia Fatorelli. O jornal Zero Hora, em sua edição de
27/04/20217 noticia: “A arrecadação de impostos e contribuições federais somou
R$ 98,994 bilhões em março...” Se 45%
desse total, segundo a Professora Fatorelli, é para pagar os juros da “dívida” ao sistema financeiro, só aí temos
um assalto aos nossos cofres de cerca de R$ 44,547 milhões, ou seja,
praticamente uma Lava Jato por mês!
Mas os navegadores da “Nau dos
Insensatos”, aqueles que não acreditam na centralidade e na titularidade do
SISTEMA DA DÍVIDA, assistem silenciosamente o PowerPoint do D’Artagnan caboclo (perdão, eu queria dizer Deltan
Dallagnol) e tapam os ouvidos quando ouvem o estrondo da voz dos que ousam
denunciar o GRANDE ROUBO que os operadores do Sistema Financeiro praticam em
nosso país, através de dívidas e juros fictícios.
Quando não é para por em dúvida a
existência dos operadores das engrenagens da Rua da Muralha – Wall Street - (o
tal “rentismo”) e afirmar que esses termos e conceitos são antiquados, o
silêncio de muita gente chega a ser estarrecedor.
Na verdade, por mais deprimente que possa
parecer, somos forçados a concluir que existe no Brasil uma legião
incomensurável de tristes figurantes de um gênero de filmes chamados antigamente
de porno chanchadas. E o que está sendo rodado hoje no Paraná demonstra
claramente que se trata de uma típica chanchada cujo filme leva o título de “O
SILÊNCIO DOS INDECENTES”.
Porto Alegre, 28 de abril de 2017.
Diógenes Oliveira.
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